A Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ), instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), foi inaugurada em 25 de setembro de 1990, mas sua história tem início em julho de 1980, com a compra do antigo prédio do Hotel Majestic pelo Banrisul. O negócio foi feito para que o governo do Estado pudesse comprá-lo, já que o poder público não dispunha de recursos suficientes para cobrir o valor real.
Em 29 de dezembro de 1982, o governo do Estado adquiriu o Majestic do Banrisul e, um ano mais tarde, o prédio foi arrolado como patrimônio histórico, tendo início, a partir de então, sua transformação em Casa de Cultura. No mesmo ano, através da Lei nº 7803, de 8 de julho, recebeu a denominação de Mario Quintana, passando a fazer parte da então subsecretaria de Cultura do Estado.
A construção do edifício do Hotel Majestic ocorreu entre os anos de 1916 e 1933 sendo projetada pelo arquiteto Theodor Alexander Josef Wiederspahn, nascido na Alemanha, residente no Brasil desde 1908. A potencialidade do setor hoteleiro, na época, fora percebida pelo empresário Horácio de Carvalho, homem ligado ao ramo da importação e exportação que, em maio de 1913, protocolou, na Intendência Municipal, um pedido de licença para pagamento de impostos referentes à construção do edifício do futuro hotel.
Os anos 1930 e 1940 foram os de maior sucesso do Majestic, período em que nele se hospedaram desde políticos importantes, como Getúlio Vargas, a artistas famosos, como Virgínia Lane e Francisco Alves. Porém, nas duas décadas posteriores, o hotel foi vítima da desfiguração que atingiu o centro da maioria das cidades brasileiras — em decorrência do período denominado “Desenvolvimentista”, passando a sofrer a concorrência de novos hotéis que contavam com instalações mais amplas e modernas. Os antigos hóspedes foram, gradualmente, substituídos por lutadores de “cath” e luta livre, além de solteiros, viúvos, boêmios e poetas solitários como Mario Quintana, que ali esteve hospedado de 1968 a 1980.
Os espaços tradicionais da Casa de Cultura Mario Quintana estão voltados ao cinema, música, artes visuais, dança, teatro, literatura e realização de oficinas e eventos ligados à cultura.
Para aproximar o público das expressões da arte contemporânea, o Instituto Ling conta com uma equipe de monitoria dedicada a realizar Ações Educativas para escolas ou grupos. As ações acontecem através de visitas guiadas e oficinas especialmente desenvolvidas a partir dos temas relacionados ao acervo e à exposição em cartaz no museu. Também é possível realizar visitas técnicas, com foco no projeto arquitetônico e paisagístico do centro cultural.
As visitas guiadas contam com um ou dois monitores, responsáveis pela condução do grupo no espaço expositivo, e podem incluir atividades práticas, oficinas ou projeções de vídeos em seu roteiro, sempre buscando estimular a interação dos visitantes com o conteúdo apresentado.
A Fundação Iberê foi criada em 1995, com a missão de preservar, investigar e divulgar a obra de Iberê Camargo, além de aproximar o público deste que é um dos grandes nomes da arte brasileira do século XX, estimulando a reflexão sobre arte, cultura e educação por meio de programas transdisciplinares e do fomento à própria produção artística.
A cada ano, são organizados exposições, seminários, encontros com artistas e curadores, cursos, oficinas, entre outras atividades, que versam sobre a obra de Iberê Camargo e sobre temas ligados à arte moderna e contemporânea, articulando, além das artes visuais, as demais manifestações artísticas - como o cinema, a música, a arquitetura, o teatro e a literatura - e os mais diversos campos do conhecimento.
A atual sede da Fundação, inaugurada em maio de 2008, foi projetada pelo arquiteto português Álvaro Siza, um dos mais relevantes da contemporaneidade. O prédio, criado para abrigar o acervo e todas as demais atividades, possui salas expositivas, átrio, reserva técnica, centro de documentação e pesquisa, ateliê de gravura, ateliê do programa educativo, auditório, loja, cafeteria, estacionamento e parque ambiental projetado pela Fundação Gaia.
O Farol começa a desenhar sua história em 1700, quando a Praça da Alfândega, chamada de Praça da Quitanda, nascia como núcleo inicial de Porto Alegre. Uma viagem no passado, entre a década de 20 ao final dos anos 60, nos remete para Praça como ponto de reunião dos portoalegrenses, com tráfego dos antigos bondes, aos tradicionais restaurantes e cafés, até a construção de cinemas, clubes e hotéis. É no decorrer desse túnel do tempo que nasce o prédio do antigo Banco Nacional do Comércio, já em 1931. O tempo passou, mas as histórias da cidade, as vivências individuais, os encontros e negócios que aconteceram na Praça estão resgatados para que os visitantes entendam e reconheçam suas trajetórias da forma autêntica, original, genuína e legítima.
O Farol Santander é um centro que articula, integra, documenta e difunde a arte contemporânea produzida dentro e fora do Rio Grande do Sul, além de propor extensões temáticas para outras áreas de atuação. Na fase inaugural, o pólo de geração e distribuição de uma rica produção de conhecimento, opera em quatro andares: o Grande Hall abriga grandes exposições de artistas nacionais e internacionais; a Galeria oferece um projeto de memória da cidade e do banco, O Átrio, criado no antigo poço de iluminação dos vitrais, cerca de 40 metros acima do hall central, é um espaço com mobilidade para exposições, cursos e muitas outras atividades; o subsolo tem cinema e café. Um facho de luz capaz de proporcionar experiências únicas, que provocam a reflexão sobre uma nova forma de viver cultura, turismo, lazer e gastronomia.
O Farol quer promover a integração da região ao circuito global das artes com novas conexões para criatividade, novos projetos, processos e ideias, com caráter multiplicador que impactam o desenvolvimento socioeconômico. Nosso programa quer aproximar a cultura do seu público, sendo um centro múltiplo que, através da sua programação, incentiva, transforma e constrói ideias e oportunidades para quem o visita.
Localizado em frente a Praça Marechal Deodoro, no Centro Histórico, possui capacidade para 650 pessoas e oferece uma programação bastante eclética, com espetáculos de música de todos os tipos, dança e teatro - inclusive com opções para o público infantil. Está aberto para visitação gratuita de terça a sábado das 15h às 20h e aos domingos das 16h às 18h, com eventuais impossibilidades por conta de ensaios, montagens de cenário, som e luz. A casa também dispõe de estacionamento, com entrada pela rua Riachuelo e duas operações de gastronomia: o Du’Attos Restaurante e o Café com Panc.